Piromaníaco

Como deve estar chato ouvir meu cotidiano, vou contar coisas mais legais.

Como por exemplo no dia em que eu tinha 6 anos e estava lá no meu quarto brincando de acender fósforos. Adorava mexer com fogo na infância.

Pegava um, acendia, esperava queimar e apagar. Depois jogava no lixo. Eu tinha um lixo feito de bambu trançado, estava cheio de papéis.

Decidi ir até a cozinha, minha mãe estava fazendo o almoço. Ela estava grávida de 8 meses, a barriga tinha o tamanho de uma melancia.

Entre o meu quarto e a cozinha havia um corredor. Quando saio da cozinha vejo um reflexo amarelo muito forte na parede do corredor. Fui correndo até a porta do meu quarto… será que era? – FOGO!!! Gritei bem alto pra minha mãe.

Ela veio correndo, trombando desengonçada nas paredes do corredor. Quando chegou na porta do quarto os olhos dela se arregalaram de espanto. Ela entrou rapidamente no quarto, pegou a primeira peça de roupa que encontrou e começou a bater no fogo para apagá-lo. O fogo apagou, que sorte!

Depois disso não tenho muitas lembranças, não me recordo de ter levado muita bronca, tampouco se aprendi a lição. Afinal ainda tenho outro causo envolvendo fogo e gás de cozinha.

As marcas desse dia estavam no carpete. Era uma coisa medonha, um carpete verde, desbotado e cheio de manchas pretas. Foi disfarçado com a compra de um tapete.

Só recentemente, coisa de uns dois anos atrás que ele foi eliminado de vez e substituído por um carpete de madeira.

Espero que não façam essas coisas comigo, continuem sendo bem comportados.

Beijos e abraços

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